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Leishmaniose

Os flebotomíneos são os principais vetores de doenças como a Leishmaniose e diversos outros arbovírus e bactérias. Os sintomas clínicos variam de acordo com o tipo patológico da doença, tegumentar americana ou visceral.

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, pertencente a família Trypanosomatidae, que acomete pele e mucosas; é primariamente uma infecção zoonótica, afetando animais silvestres. O modo de transmissão habitual é através da picada de insetos que podem pertencer a várias espécies de flebotomíneos, dependendo da localização geográfica.

A LTA, também conhecida como leishmaniose mucocutânea, úlcera de Bauru, ferida brava etc., distribui-se amplamente no continente americano, estendendo-se desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. No Brasil a doença está presente em todos os estados, por isso devemos ter maior atenção para a prevenção e cuidados a serem tomados.

LTA - Leishmaniose Tegumentar Americana

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto chamado flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão. O mosquito palha se contamina picando um cão infectado e posteriormente uma pessoa. Não há transmissão direta entre pessoas e pessoas e cães.

Para as pessoas: em caso de febre persistente, aumento de baço e fígado buscar o serviço de saúde mais próximo de sua residência, principalmente se esteve em uma área onde a doença esteja ocorrendo. Para os cães: em caso de emagrecimento progressivo, feridas e descamações de pele, queda anormal de pelos, aparecimento de ínguas, crescimento anormal de unhas, inchaço de pernas, sangramento de nariz ou de outras aberturas, entre outros sintomas, busque a Vigilância Municipal ou os serviços de Controle de Zoonoses, Canil Municipal ou outro similar.

Vigiar a população de cães, controlar a proliferação do inseto vetor e evitar que ele pique as pessoas. Essas ações são tanto de proteção individual como de manejo do ambiente.

Proteção individual: 

  • usar de mosquiteiro com malha fina;
  • telar de portas e janelas com malha fina;
  • usar repelentes;
  • não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite).

Manejo ambiental para controle do vetor:

  • limpar quintais, terrenos e praças públicas (recolhendo folhas e galhos);
  • eliminar resíduos sólidos orgânicos e dar destino adequado a este lixo;
  • evitar sombreamento excessivo do pátio e eliminar fontes de umidade.

Medidas de controle da população canina:

  • manejo de cães em situação de rua;
  • estímulo da posse responsável de animais domésticos;
  • canis telados com malha fina que evite acesso de insetos;
  • coleiras impregnadas com deltametrina a 4% (como medida auxiliar de prevenção da doença nos cães).

Para maiores informações, ligue para o Disque Vigilância pelo telefone 150.

A Vigilância da Leishmaniose Visceral é realizada pelas Secretarias Municipais e Estadual de Saúde. Para solicitação de exame sorológico canino, é necessário o contato prévio com as Secretarias Municipais de Saúde, Coordenadorias Regionais ou o CEVS e preenchimento do formulário de investigação de Leishmaniose Visceral Canina.

Nota Técnica Conjunta 01/2014 CEVS/IPB-LACEN/SES/RS

Centro Estadual de Vigilância em Saúde